quarta-feira, 8 de abril de 2009

Cinema

Meus queridos
Vejam só a situação: eu mesmo proponho que vou anunciar na semana anterior o filme sobre o qual falaremos na semana seguinte. Executo perfeitamente o plano uma vez, duas vezes e, logo na terceira,... dou mancada! Perdoem-me. Semana passada não anunciei o filme!!! Haja esclerose!...
Bem, para remediar tal falseta, falarei hoje sobre um filme pouco conhecido, pouco visto. Ao final, não falharei. Anunciarei o filme da semana que vem, combinado?
Andrei Tarkovski, aos 28 anos de idade, conclui o curso de cinema. Era tido entre os alunos e pelos professores como “o gênio”. Para se formar, dirigiu um filme de 44 minutos de duração. Um média-metragem chamado O Rolo Compressor e o Violinista.
É o primeiro filme, um filme “de início de carreira”, daquele que é considerado por muitos como “o maior cineasta de todos os tempos”.
Re-assisti ao filme anteontem. Ratifiquei algo que concluí há muito tempo, quando vi o filme pela primeira vez.
O traço do grande cineasta já estava impresso ali, no primeiro filme. O gigante que viria realizar obras monumentais como Stalker, Nostalgia e O Sacrifício já morava ali, naquele jovem que impunha ao seu primeiro filme a mesma Lei que imporia a todos os outros: Tarkovski não apenas fazia Cinema, não apenas fazia Arte. Tarkovski esculpia o Tempo.
Semana que vem (viram só? Prometo e cumpro!) vamos falar sobre E La Nave Va, de Fellini.

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