sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Música

E a Música?... E a música brasileira?
Essa padece de um quadro ainda mais triste: perdeu o rumo. Não sabe mais quem é, como é.
O início da década de 1980 levou consigo a maior cantora popular de todos os tempos, Elis Regina, e trouxe consigo as empresas multinacionais da distribuição e comercialização dos discos. Tal combinação de fatores foi tamanhamente letal que, 25 anos depois, a maior e mais definida manifestação cultural do povo brasileiro não existe mais.
Aos poucos, a música brasileira foi perdendo a sua identidade. Foi tentando encontrar-se com a identidade da música norte-americana. Estacionou a meio-caminho. Não mais voltou para cá tampouco conseguiu ir-se para lá. Ganhou uma identidade ímpar: a das empresas multinacionais, geridas por executivos semi-analfabetos e incompetentes. A dos produtores musicais, padegos sem um talento sequer, pesos-mortos das famílias dos executivos. Sujeitos que, por não saberem fazer nada em coisa nenhuma, foram encaminhados para as empresas da família numa atividade em que “qualquer um consegue se virar”, afinal, “de música todo mundo entende um pouco”.
Não nos resta sequer um fiozinho de esperança.

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