quinta-feira, 24 de julho de 2008

Literatura

Certa feita Jorge Luís Borges, o magnífico escritor argentino, citou alguém que houvera dito:
“Ainda não nasceu o ‘Homero’ da Prosa”.
A frase se referia ao fato de a Poesia ter conhecido um autor tamanhamente completo quanto Homero e, de quebra, 2000 anos depois ter sido agraciada com a obra de William Shakespeare, um autor tão magnânimo quanto o mítico autor grego.
Talvez haja aí algo de verdadeiro. Talvez.
É preciso avaliar calmamente as obras de Dostoiévski, de Cervantes e, sobretudo, de Machado de Assis, para cravar a opinião.
Ao revisitarmos a obra do maior escritor brasileiro de todos os tempos, encontramos tantos e tão grandes romances, que se põe a assertiva de Borges em delicada situação:
Que autor transitou por 2 movimentos estéticos com tamanha leveza e eficiência? Que autor revolucionou o modo de escrever com tamanha contundência? Que autor brindou sua língua com tamanha magnificência?
Experimentarei, aqui, uma frase sintética qual a que tanto encantou o célebre portenho:
“Shakespeare está para a Poesia da língua inglesa assim como Machado de Assis está para a Prosa em língua portuguesa.”
A assertiva é menos bombástica mas, seguramente, é mais precisa.

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