terça-feira, 29 de julho de 2008

Futebol

Ao ver o grande tenista Roger Federer, ameaçado de perder o primeiro lugar no ranking mundial do Tênis, estático no fundo da quadra, ansioso na definição dos pontos, cabisbaixo na perda de pontos, não podemos nos esquecer de Pelé. Não podemos nos esquecer do “material” de que é feito Pelé. Não podemos nos esquecer daquilo que faz de Pelé, o Rei.
No primeiro tempo do jogo final da Copa do Mundo de 1970, aconteceu uma falta para o Brasil cobrar nas imediações da grande área da seleção italiana. Pelé foi cobrar. Todo o estádio Asteca ficou na expectativa de assistir ao perfeito chute do maior jogador do mundo. Pelé correu para a bola. O chute saiu tão alto, tão distante da meta, que mais parecia um arremate bizarro de um peladeiro num derby de fim-de-semana.
Menos de 15 minutos depois da falha grotesca, Rivellino cruzou a bola desde o lado esquerdo da área. Pelé saltou mais do que o zagueiro. Parado no ar, esperou que a bola procurasse sua cabeça. Do encontro da bola que voava com a cabeça que aguardava, uma cabeçada infalível. O primeiro gol do jogo que terminaria em 4 x 1 e cravaria a tri-conquista da seleção brasileira.
Esse é Pelé. É desse “material” que Pelé é feito. É isso que faz de Pelé, o Rei: Pelé conhece o erro, respeita o erro, convive com o erro. Exatamente por isso, supera o erro, vence o erro, torna-se Perfeito.
Boa sorte a Federer. Um, entre tantos “aspirantes a Pelé”.

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