quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cinema

Como muito bem frisou aqui, na semana passada, o professor Paulo Fernando Mantovanelli, “a grande preocupação na área da saúde” migrou. Não é mais a desnutrição objeto único da atenção de médicos, pais e crianças. A obesidade ganha, a cada dia, mais e mais terreno na disputa pela principal fonte de ocupação dos interessados na melhora da tão decantada “qualidade de vida”. Hora de olhar para a contribuição que o Cinema pode dar à saúde.
Nas telas de cinema são vistos heróis “saradões” e deusas-de-beleza que desfilam os seus “corpões”. A indústria do cinema (sobretudo a indústria do cinema norte-americano) produz personagens que motivam grande parte do comércio contido no cinema (sobretudo no cinema norte-americano). É fato que os heróis das telas encantam uma multidão de pessoas ao redor do mundo. É fato que os hábitos e usos dos heróis influenciam tal multidão. É fato que o American Way of Life alcança lugares tão distantes quanto inimagináveis graças ao poderoso braço do Cinema (sobretudo do cinema norte-americano).
No instante em que a própria Organização Mundial de Saúde pede para que médicos e profissionais da área concentrem sua atenção na problemática da Obesidade Infantil, surge um bom momento para o Cinema vender tal idéia. Eis o momento de o Cinema (sobretudo o cinema norte-americano) levar aos 4 cantos do mundo as imagens de heróis “saradões” e deusas-de-beleza que desfilam os seus “corpões”.
– Ora, Kleber, mas você mesmo disse aqui em cima que eles já fazem isso!
– Verdade. No entanto, é chegado o momento de a imagem a ser vendida carregar consigo ao menos a preocupação com a beleza e mais a ocupação com a saúde.

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