quinta-feira, 3 de abril de 2008

Literatura

Nossa pobre “Última flor do Lácio” vem sofrendo golpes terríveis. A cada dia, um soco. A cada programa de televisão, um pontapé. É uma tunda atrás da outra!
O apresentador: “Vocês aí, confinados, e a gente aqui: só espiando!... Falem, falem à vontade! Não se importem se isso está certo, se está errado. O importante é se comunicar.”
A personagem da novela: “É um absurdo o governo bancar universidades públicas. O Ensino deveria ficar, cada vez mais, por conta da livre concorrência.”
A legenda do filme: “Fazem 10 anos”.
O narrador da partida: “Ele chuta a bola longe que é pra dar uma esfriada no jogo...”
O treinador do time: “Aí eu fiz uma mexida que era pra pôr um jogador mais fresco e confundir a defesa deles. Os lado do campo precisavam ser marcado.”
O craque de bola: “Viemo aqui pra somar os 3 ponto positivo...”
Triste. A surra que a televisão aplica na Língua Portuguesa diariamente é severa, doída, implacável. Não há quem resista.
Resta desligar ao aparelho televisor e ir ao computador ver as mensagens. Seu amigo te escreve: “ae vc vai amanha? To la p qquer parada, valeu? Te mais”. Impossível entender o que o infeliz quis dizer. O travesseiro torna-se uma companhia absolutamente irresistível...

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