terça-feira, 1 de abril de 2008

Cinema

Não bastasse a Animação quase perfeita, a interpretação sensacional, o texto impecável, a Trilha Sonora precisa, o acabamento delicado, Monstros S. A. tem algo que o difere até mesmo das espetaculares produções de seu Estúdio: a história.
Um Mundo para além das portas dos armários das crianças que abriga os monstros que assustam os terráqueos pelas noites. No mundo dos monstros, a Energia provém dos gritos das crianças da Terra, que são assustadas por funcionários de uma fábrica monopolizadora do material vital para o Mundo dos monstros.
Há, no mundo dos monstros, a lenda que reza: não entre em contato com uma criança, elas são letais!
Um funcionário mal-intencionado se mancomuna com o dono da fábrica de Energia. Planeja a construção de um “abdutor de gritos”, que aumentaria drasticamente a produção da fábrica.
O melhor – e mais bem intencionado – funcionário da fábrica, sem querer, trava contato com uma criança da Terra. Percebe que ela não é letal. Mais do que isso: se afeiçoa por ela. E ela por ele!
A identificação profunda entre eles, o amor fraternal – e proibido! – que brota do conhecimento entre seres de mundos tão distintos – e proibidos – vem revelar a “maracutaia” do funcionário e do patrão. Descobre-se mais do que a falcatrua. É descoberta uma nova fonte de Energia para o mundo dos monstros: a gargalhada inocente das crianças da Terra.
No entanto, a maior descoberta entre todas dá-se na seqüência final do filme. As portas que dividiam os Mundos, agora podem ficar abertas. Perfeito.
Semana que vem, Annie Hall.

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