Numa cena que se passava num bar, o protagonista da peça dava um soco na cara do homem-mau da história. O vilão caía ao chão. O herói, antes de sair de cena, dava-lhe – de quebra – um chute na bunda. Nada novo.
A peça, em cartaz por longos e intermináveis meses, teria sua apresentação naquela noite. Nada novo.
Os atores chegaram, um a um, se acomodaram em seus camarins, se maquiaram e se aprontaram para entrar em cena. Nada novo.
O ator que interpretava o vilão da história chegou um tanto mais tarde do que de costume. Trazia no semblante um constrangimento inusual. Disse a um e a outro que estava “meio doente”. Trocou de roupa e se preparou para entrar em cena. Nada novo.
A peça começou. Uma cena, outra, outra. Nada novo.
Chegou o momento do bar. A troca de insultos de sempre, a provocação de sempre, o soco na cara de sempre. Nada novo.
O ator que interpretava o homem-mau caiu no chão. Nada novo.
Desde o chão, começou a viver um drama maior do que aquele que interpretava: sua doença aparecera naquela manhã. Na região da nádega direita lhe nascera um... furúnculo.
Caído ao chão, de frente para a platéia, não tinha como avisar o protagonista. Este, como ensaiara e representara 1000 vezes, olhou para o colega de cena e, sem piedade, desferiu um belo chute na bunda marcada pela enfermidade.
Nunca aquela personagem viveu tamanha dor provinda de um mero chute...
A peça, em cartaz por longos e intermináveis meses, teria sua apresentação naquela noite. Nada novo.
Os atores chegaram, um a um, se acomodaram em seus camarins, se maquiaram e se aprontaram para entrar em cena. Nada novo.
O ator que interpretava o vilão da história chegou um tanto mais tarde do que de costume. Trazia no semblante um constrangimento inusual. Disse a um e a outro que estava “meio doente”. Trocou de roupa e se preparou para entrar em cena. Nada novo.
A peça começou. Uma cena, outra, outra. Nada novo.
Chegou o momento do bar. A troca de insultos de sempre, a provocação de sempre, o soco na cara de sempre. Nada novo.
O ator que interpretava o homem-mau caiu no chão. Nada novo.
Desde o chão, começou a viver um drama maior do que aquele que interpretava: sua doença aparecera naquela manhã. Na região da nádega direita lhe nascera um... furúnculo.
Caído ao chão, de frente para a platéia, não tinha como avisar o protagonista. Este, como ensaiara e representara 1000 vezes, olhou para o colega de cena e, sem piedade, desferiu um belo chute na bunda marcada pela enfermidade.
Nunca aquela personagem viveu tamanha dor provinda de um mero chute...
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