... e então, meus amigos? Assistimos todos a Manhattan, de Woody Allen? Vamos a ele.
Muito se fala que o filme é “uma ode à cidade que o diretor tanto ama”, que é “uma declaração de amor à cidade” dele etc.
Ora, ora, ora... Por acaso os conflitos íntimos de um homem na meia-idade, em meio ao fogo-cruzado
a- da decepção consigo mesmo por conta do fato de ter sido abandonado pela segunda mulher – que a trocou por outra mulher
b- do encanto pela lindíssima jovem que o ama e a cujo amor ele reluta a se entregar – ela sequer completou 18 anos de idade
c- do encantamento repentino pela bela pseudo-intelectual – que é amante de seu melhor amigo
só podem ser expostos na cidade de Nova York? Em Londres, Bangladesh, Monterrey ou São Paulo essas coisas nunca acontecem? A meia-idade, suas culpas, conflitos e instabilidades são de posse exclusiva da cidade em que mora o diretor do filme?
Nada disso. O diretor do filme usa a cidade como moldura do quadro íntimo, interno, pessoal (e, justamente por isso, universal) que tenciona pintar. Ele fala de si e, ao falar de si, fala do gênero masculino. Ao falar do gênero masculino, fala do gênero humano. Fala de todos nós. Intimamente, poeticamente, lindamente.
Ele fala sobre nós. E vocês, meus amigos, o que falam sobre o filme?
Semana que vem, falamos de Casablanca, de Michael Curtiz. Até lá!
Muito se fala que o filme é “uma ode à cidade que o diretor tanto ama”, que é “uma declaração de amor à cidade” dele etc.
Ora, ora, ora... Por acaso os conflitos íntimos de um homem na meia-idade, em meio ao fogo-cruzado
a- da decepção consigo mesmo por conta do fato de ter sido abandonado pela segunda mulher – que a trocou por outra mulher
b- do encanto pela lindíssima jovem que o ama e a cujo amor ele reluta a se entregar – ela sequer completou 18 anos de idade
c- do encantamento repentino pela bela pseudo-intelectual – que é amante de seu melhor amigo
só podem ser expostos na cidade de Nova York? Em Londres, Bangladesh, Monterrey ou São Paulo essas coisas nunca acontecem? A meia-idade, suas culpas, conflitos e instabilidades são de posse exclusiva da cidade em que mora o diretor do filme?
Nada disso. O diretor do filme usa a cidade como moldura do quadro íntimo, interno, pessoal (e, justamente por isso, universal) que tenciona pintar. Ele fala de si e, ao falar de si, fala do gênero masculino. Ao falar do gênero masculino, fala do gênero humano. Fala de todos nós. Intimamente, poeticamente, lindamente.
Ele fala sobre nós. E vocês, meus amigos, o que falam sobre o filme?
Semana que vem, falamos de Casablanca, de Michael Curtiz. Até lá!
4 comentários:
Adorei o comentário.
Pra semana que vem vc escolheu um filme que é obrigatório na vida de todo mundo.
A propósito, gostaria de sugerir um filme para vc comentar nos próximos dias.
É um filme mais recente, porém impressionantemente marcante.Assistimos juntos, mas não é tão conhecido do grande público. Suas observações sobre ele com certeza, fará com que tenham curiosidade em assisti-lo.
" DANÇANDO NO ESCURO".
Concordo! "Dançando no escuro" é lindo! Gostei também do Manhattan, e vou assistir Casablanca. Sobre Manhatan, kleber, o que você queria dizer sobre o final do filme? A menina falando com ele?
Ah, feliz dia dos professores, meu professor de cinema!!!!!!!!!!
Ah...Filmão, Manhattan.
Tudo lindo, tudo perfeito, mas sou suspeita demais pra falar dele. Vejo tudo o que é dele, leio, compro. Me agrada de todo jeito, mesmo no pior dia.
Deixa aquela pulga imensa atrás da orelha ao dizer " Você precisa confiar mais nas pessoas". Que drama. Confiar porque sabe como são as pessoas ou confiar porque nunca se sabe quem são as pessoas? Muito bom. O tempo passa e confiamos menos. Ficamos calejados mas perdemos a chance de ver o que é bom, por desconfiança.
Já diria meu pai: " Que Drama".
E vamos ao próximo?
Opa, assisti Casablanca há 4 dias!
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