terça-feira, 10 de novembro de 2009

Teatro

Quando um gigante da Arte morre, é preciso aprender e executar as lições que ele deixou em vida.
Paulo Autran se foi.
Viveu e construiu sua carreira de um modo que nos faz pensar acerca dos meios de expressão artística utilizados por um ator. Ao todo, em toda a sua longa carreira, fez 4 novelas. Apenas 4 novelas. Nem por isso – talvez justamente por isso – deixou de ser considerado um dos maiores atores da história da dramaturgia brasileira. Vale dizer, pouco freqüente na televisão, habitando o que há de mais distante da tela de uma televisão, o palco de um teatro, o grande ator é visto, é sabido, é conhecido e reconhecido pelo seu talento e pela sua arte.
Morreu e deixou uma sábia e indefectível lição:
– Quando morrer, quero ser cremado. Não quero que chorem por mim num túmulo de cemitério. Não quero pagar jardineiro. Não quero pagar imposto depois de morto.
Depois da frase acima, só nos resta aprender uma última lição. Mais do que muito talento, é preciso ter muito caráter. Mais do que um grande artista, é preciso ser um grande Homem.

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