segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Futebol

A Organização da Copa do Mundo de 1954, com o intuito de manter as grandes equipes por mais tempo na competição, estabeleceu um regulamento absolutamente esdrúxulo para o torneio: as 16 equipes seriam divididas em 4 grupos. Cada grupo teria 2 cabeças-de-chave, que não poderiam enfrentar-se. Desse modo, supostamente, os times de maior tradição passariam às quartas-de-final e a primeira Copa do Mundo do pós-guerra a ser disputada na Europa-do-pós-guerra teria um sucesso maior.

Tentativa frustrada. Mesmo privilegiadas, Turquia, Itália e França caíram logo na primeira fase.
A seleção brasileira estreou com uma goleada sobre o México (5 x 0). Como cabeça de chave, não enfrentaria a França, que perdera na estréia para a Iugoslávia. Desse modo, Brasil e Iugoslávia precisavam apenas do empate para se classificar para a fase seguinte. A Iugoslávia sabia disso. O Brasil, não.

Os dirigentes da CBD não conheciam o regulamento e, portanto, não informaram os jogadores do privilégio de jogar pelo empate. No dia 19 de junho, Castilho; Djalma Santos e Pinheiro; Brandãozinho, Bauer e Nilton Santos; Julinho, Didi, Baltazar, Pinga e Rodrigues entraram em campo para vencer. Aos 3 minutos do segundo tempo, Zebec abriu o placar para a Iugoslávia. Aos 24 minutos, Didi empatou. Nosso time foi para cima do adversário. Atacava sem cessar. Corria a plenos pulmões.

Os iugoslavos sinalizavam para os jogadores brasileiros para que diminuíssem o ritmo da partida, afinal, o empate classificaria a ambos. Sem compreender as sinalizações, os brasileiros jogavam como se fora, aquela, a última partida da seleção na Copa. Não conseguiram o segundo gol.
Ao final da partida, deixaram o gramado chorando pela “desclassificação” do time. Somente foram informados do equívoco no vestiário.

Pouco adiantou. A desorganização dos dirigentes desgastou o time, que perdeu para a Hungria por 4 x 2, caindo nas quartas-de-final da Copa.

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