quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cinema

A personagem da mãe-de-família viúva vai para a cidade grande – onde mora o filho mais velho – com os outros 4 filhos. As dificuldades para se arranjar emprego, moradia, acolhida, são imensas. A possibilidade de percalços, ainda maior.
Um dos filhos torna-se o percalço-mor. Envolve-se com a mulher errada, com as pessoas erradas, com a profissão errada.
A história perpassa um a um os filhos daquela mãe. Nada de novo, tudo de excepcional: o modo com a história é contada, a Leveza e a Profundidade de cada um dos assuntos tratados no filme, os dramas das vidas que desfilam pela tela e refletem em cada um dos espectadores. A revelação mais nítida e detalhada do Ser, exposto a Si em preto-e-branco.
No entanto, ao longo daqueles 180 minutos sublimes, uma frase se destaca entre tantas frases simples, espetaculares, verdadeiras. Uma frase cortante define, estabelece, determina o ponto exato do comportamento humano que difere o Fraco daquele que auto-perdoa. Uma frase mais forte, mais viva, mais contundente do que os golpes precisos que brotam das luvas de Rocco, o boxeador filho da mãe-de-família. Uma frase tão forte quanto o golpe de box, tão necessária quanto a Luta. A frase Perfeita:
“Nem tudo deve ser perdoado”.

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