sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Música

O Mestre ensina: “A Música, como disse Platão, deve ir e vir para o Lugar Nenhum...”
Portanto, o contra-senso está estabelecido: um concerto jamais deve ser gravado? Desse modo, quem não estava ali, naquele instante, jamais ouvirá aquela execução? A “Tradição Oral” de uma Sinfonia se tornaria deveras difícil.
De fato, o Disco é uma ferramenta para a eternização das gravações das grandes obras musicais. Contudo, ao gravar a execução, eternizam-se, também, a interpretação do executante, os acertos do executante e os erros do executante.
Se a Música se aproxima do Teatro, o saber do Mestre é tudo o que deve ser seguido. Se a Música se arvora a ser Cinema, é preciso se curvar para a gravação dos Discos.
O ser, sabiamente, considerada a “Mãe das Artes”, a Música rebola entre a miticidade da “execução perfeita” ouvida por uma platéia única e que carregará aquelas notas para sempre em sua Memória e a miticidade da execução gravada. Com a interpretação, os erros e os acertos do executante.
A Gravação, para o bem e para o mal.

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