quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Literatura

Tae-Kwon-Do
Aparentemente, tudo o que seria mais insuportável nas transmissões de Tae-Kwon-Do nas Olimpíadas seriam as diversas pronúncias que os narradores semi-analfabetos imporiam ao nome do esporte.
De fato foram muitas e muito variadas. Até houve quem acertasse a pronúncia. Contudo, os erros foram tantos que fizeram os acertos parecerem exceções-que-confirmaram-a-regra.
Porém, o pior estava por vir:
O lutador disputava a medalha de bronze. Sofreu uma contusão. Pediu o atendimento médico. Os médicos adentraram a área de luta. O cronômetro foi disparado.
Um lutador tem direito a 1 minuto de paralisação para o atendimento médico.
Ao final do minuto concedido, o lutador estava em pé e se aprontava para voltar ao confronto. Os médicos, agachados, ainda ocupavam a área do tatame reservada à luta.
Antes de os médicos sequer se levantarem, o árbitro encerrou a luta e deu a vitória ao oponente do lutador contundido.
Revoltado, o lutador que perdeu – injustíssimamente – a luta chutou a cara do árbitro infeliz.
Desfecho da história: o lutador e seu treinador foram banidos para sempre das disputas do esporte. Para sempre.
O árbitro? Esse continuará a arbitrar e a espalhar seus erros para sempre. Para sempre.

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