quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Cinema

Ginástica Artística.
A ginasta que venceu, chora. A que perdeu, chora. O ginasta que perdeu, chora. É lágrima demais, não é, não??? É muito choro, muito choro, muito choro. Não há quem agüente.
O treinador da seleção brasileira feminina de Ginástica Artística, um ucraniano, declarou que voltará à sua terra após o encerramento dos Jogos. Um dos motivos: “as brasileiras choram muito”.
É impossível não concordar com o treinador. Impossível. Quem, em sã consciência, suportaria um convívio com atletas que choram na maior parte do tempo? Treinamento duro e choro, competição acirrada e choro, vitória e choro, derrota e choro. Que suporta? Ninguém.
Que o treinador vá em paz para os braços de seu motivo principal para a “deserção”: sua neta.
Que os atletas (e as atletas) da Ginástica Artística brasileira chorem menos. Pelas vitórias, pelas derrotas, pelo treinamento. Chorem menos. O choro, em regra, não colabora com o rendimento. Ademais, no Esporte de Competição, o pouco equilíbrio emocional de nada adianta, só atrapalha.
No entanto, o apresentador do programa de resenha olímpica, cravou sem dó:
“Nós, da televisão”, trabalhamos com a Emoção.
Eu, cá da poltrona de minha casa, não pude deixar de me sentir em fevereiro. Sentado à espera de um desfile de Escola-de-Samba e tendo que ouvir incessantemente:
– É muita emoção!, É muita emoção!...

Nenhum comentário: