terça-feira, 1 de julho de 2008

Teatro

O momento que mais me atrai em todo o processo de montagem de uma peça teatral é, sem dúvida, o do primeiro ensaio, da primeira leitura do texto. Sempre foi. Tudo ali cheira a novo, a inexplorado, a desconhecido. Tudo ali é a expectativa de cada palavra impressa no papel e que, após longos meses de ensaio, será transformado em ação.
Inda ontem assisti aos “extras” do filme A Flauta Mágica, de Ingmar Bergman. Ali pude ver que não estou solo em minha preferência. O genial diretor sueco chega ao local onde será feita a primeira leitura do texto. Sentados em volta da mesa, os atores o esperam. Vestindo uma jaqueta marrom, Bergman tem o sorriso mais luminoso que se pode ver. Cumprimenta os atores. Deposita sobre a mesa o calhamaço de folhas com o texto. Fala entusiasmado como uma criança:
– Eu mal acredito que estamos aqui. Vocês são reais!...

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