terça-feira, 29 de abril de 2008

Teatro

O Teatro e suas falsetas... Quando tudo parece perdido, a luz no fim do túnel se mostra mais brilhante do que jamais fora.
Fim de temporada, platéia quase vazia nas duas últimas semanas, elenco desmotivado, diretor sem ter de onde tirar forças para reagir, teatro ruim, acomodações ruins, camarins compartilhados, nada de patrocínio.
No entanto, na penúltima apresentação da peça, a boa notícia:
– Amanhã vem o pessoal da empresa tal. Reservaram 230 lugares. Como é o último dia, o administrador do teatro permitiu que fizéssemos 2 apresentações.
Há que se concordar com um fato: não há nada de extraordinário na notícia. 230 espectadores não é uma cifra que encante a todos, tampouco o gesto do administrador do teatro revela o mínimo de generosidade. Afinal, ele não tem gasto extra – e tem a chance mínima de um lucro extra – ao fazer 2 apresentações na mesma noite.
A verdade é que as notícias são sempre tão ruins que “tudo o que aparece é lucro”.
O correr da Boa Nova fez renascer a alma do elenco. O diretor voltou a estampar um brilhozinho nos olhos. As cadeiras do teatro não estariam todas vazias.
Abre-se a cortina. Surge, então, a maior performance daqueles atores ao longo de toda a temporada. Vibração, precisão, Arte.
Nada como uma boa notícia...

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