quinta-feira, 17 de abril de 2008

Literatura

“... a nova montagem do conto de fadas coloca no palco uma princesa tão insossa que o espetáculo poderia ter outro nome...”
O trecho acima é extraído de uma crítica publicada no jornal de maior circulação no Brasil. A autora do texto, vulgarmente conhecida como “crítica”, parece não conhecer o símbolo gráfico vulgarmente conhecido como “vírgula”. Desse modo, o adjetivo da frase fica ligado à oração explicativa que vem a seguir. O leitor, portanto, não sabe o local em que o raciocino da moçoila “pára para respirar”. Em seguida, ela ataca novamente:
“... Os atores funcionam como ilustrações de um livro, cujo a história extrapola, em alguns momentos, nas expressões contemporâneas, nos trocadilhos e nas referências ao universo adulto.”
Não. A autora do magnífico texto, também conhecido vulgarmente como “crítica”, conhece o símbolo gráfico vulgarmente conhecido como “vírgula”. Só não sabe onde colocá-la. Embrulha as vírgulas todas nas mãos, atira as vírgulas para o alto e “seja o que Deus quiser”.
Agora, a pergunta: como é que uma analfabeta como essa tal “crítica” pode escrever textos como o transcrito acima, no jornal de maior circulação no Brasil? Como é que pode?
Mais: qual é a responsabilidade literária que o veículo de comunicação demonstrou?
Mais ainda: quem é que lê tal publicação?
Pobre da Literatura de um país “cujo os” jornais publicam textos tamanhamente descompromissados com a Língua, com a Literatura.

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