“Eu jamais me tornaria sócio de um clube que me aceitasse como sócio.”
A frase é a síntese do filme.
Woody Allen chegou aos 40 anos e, em 1977, lançou Annie Hall. O filme ganhou 4 Oscars. O diretor não foi recebê-los. Alegou que a festa coincidia com a data fixa em que tocava clarinete num bar, em Nova York.
Pode ser verdade. Contudo, é possível que a verdade-verdade seja que, ao premiá-lo, a Academia de Artes e Ciência de Hollywood estava aceitando o seu ingresso no clube. E ele jamais se tornaria sócio de um clube que o aceitasse como sócio!
Annie Hall é o nome da personagem interpretada por Diane Keaton. É a mulher por quem a personagem interpretada pelo próprio Woody Allen se apaixona. Ela é atriz. Quer ir para a Califórnia tentar a sorte. Ele é roteirista de um programa de televisão. Não abandona Nova York sob nenhuma hipótese.
Todos os percalços amorosos vividos pelo casal são permeados pela questão: de quem é a culpa? Dela, que vive em busca de algo que não sabe se existe, algo que não sabe se pode alcançar? Ou dele, que não arreda pé de sua posição? Que não cede, não concede um milímetro de suas convicções íntimas?
O ator Woody Allen abre o filme com a frase “Eu jamais me tornaria sócio de um clube que me aceitasse como sócio.” O diretor Woody Allen termina o filme com a mesma frase. Ao que parece, ele é ciente, ele sabe de quem é a culpa.
Semana que vem, A Lista de Schindler.
A frase é a síntese do filme.
Woody Allen chegou aos 40 anos e, em 1977, lançou Annie Hall. O filme ganhou 4 Oscars. O diretor não foi recebê-los. Alegou que a festa coincidia com a data fixa em que tocava clarinete num bar, em Nova York.
Pode ser verdade. Contudo, é possível que a verdade-verdade seja que, ao premiá-lo, a Academia de Artes e Ciência de Hollywood estava aceitando o seu ingresso no clube. E ele jamais se tornaria sócio de um clube que o aceitasse como sócio!
Annie Hall é o nome da personagem interpretada por Diane Keaton. É a mulher por quem a personagem interpretada pelo próprio Woody Allen se apaixona. Ela é atriz. Quer ir para a Califórnia tentar a sorte. Ele é roteirista de um programa de televisão. Não abandona Nova York sob nenhuma hipótese.
Todos os percalços amorosos vividos pelo casal são permeados pela questão: de quem é a culpa? Dela, que vive em busca de algo que não sabe se existe, algo que não sabe se pode alcançar? Ou dele, que não arreda pé de sua posição? Que não cede, não concede um milímetro de suas convicções íntimas?
O ator Woody Allen abre o filme com a frase “Eu jamais me tornaria sócio de um clube que me aceitasse como sócio.” O diretor Woody Allen termina o filme com a mesma frase. Ao que parece, ele é ciente, ele sabe de quem é a culpa.
Semana que vem, A Lista de Schindler.
Um comentário:
Ora, ora.
Num belo momento de lucidez a personagem de Alvie diz para Annie que a relação precisa caminhar naturalmente, senão morre. E arremata "nós estamos com a relação morta nas mãos". Retrata um daqueles poucos minutos de consciência no final do relacionamento, que acomete um dos integrantes do casal, mas passa rapidamente, engolido pela culpa, medo e sensação de fracasso.
Mesmo assim, ele certifica, quando a reencontra numa lanchonete de turista, que ela insiste em ficar ali. Afinal, ela conseguiu algumas coisas e (ao que parece) vendeu-se às conquistas. Sendo assim, ele pode estar errado de não sair do lugar. Porém, pra quê sair do lugar sabendo que ela iria querer algo que, além de fulgaz, estava longe de ser o que ele acreditava? Melhor ficar onde está. Os incomodados e pobres de espírito...que se mudem. Adianta levar uma criatura ao cinema para ver Festa de Babete, Blade Runner, Coração Satânico, Woody Allen...se você se depara, tempos depois, com a mesma pessoa assistindo Gugu? O fato é: temos na vida boas chances de sermos transformados por seres que, por natureza, são modificadores de pessoas, transformam ignorantes em seres pensantes. Cabe à nós aceitarmos a transformação, deixarmo-nos transformar e nunca mais (veja bem: NUNCA MAIS) olhar para trás. Ou sequer para o que teríamos à frente. Annie não se deixou transformar completamente. Porque ele, afinal, deveria fazê-lo? Não. Ele, ali, era o agente transformador. Ela não foi o produto final esperado. Então, fique com o Gugu.
Lembro do Dumbledore em Harry Potter (calma, nem estou pensando em comparar, apenas citar)dizendo: "você é as escolhas que faz". Gugu na cabeça! E cada um na sua.
:P
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