Literatura

Achamos que os Comensais da Morte esperarão que você esteja voando em uma vassoura – explicou M., que pareceu saber o que H, estava sentindo. – S. já teve tempo suficiente para acabar de informar a eles tudo que sabe sobre você, por isso, se toparmos com Comensais, apostamos que irão escolher um H. que pareça à vontade montando uma vassoura. Muito bem, então – continuou M., amarrando a saca com as roupas falsas de H. e saindo primeiro para o quintal. – Calculo que faltem três minutos para o nosso horário de partida. Não adianta trancar a porta dos fundos, não vai segurar os Comensais da Morte quando vierem procurar você... Vamos...
Imagino que todos – ou quase todos – os meus companheiros aqui do Blog concordam: o trecho acima jamais poderia figurar imediatamente abaixo da alcunha “Literatura”, que dá título à conversa de hoje.
O trecho é deprimente. O período é longo, renitentemente explicativo, exagerado quando tenta descrever os pormenores emocionais e cênicos da personagem. Há problemas de sintaxe, de coesão, de linguagem.
Ademais, a temática é demasiado figurativa, fanfarrona, simplória.
Enfim, não fosse a ausência de terminologia mais adequada, jamais poderia ser chamado “Literatura”.
No entanto, meus amigos, saibam que o trecho pertence ao maior fenômeno mercadológico da história recente da edição de livros no Brasil. Pior: no Brasil e no Mundo.