Cena aberta. O ator diz o texto com fluência. Contracena com uma grande atriz. A cena é bela. O foco de luz indica a migração da cena para outro núcleo.
Em seguida, o mesmo ator volta à cena juntamente com outro ator (menos grande do que aquela atriz). O texto transcorre com a mesma fluência.
A certa altura, o ator perde o texto. Se esquece. Tem um “branco”.
Tenta a primeira possibilidade: desviar o assunto principal. Não obtém sucesso.
Tenta a segunda possibilidade: repetir o texto anterior. Nada feito.
Tenta a terceira possibilidade: confiar no ator com quem contracena e pronunciar um texto que permitiria ao companheiro uma espécie qualquer de “ajuda”. Nada. O rosto do ator com o qual contracena é estéril, nulo.
Esgotadas todas as possibilidades, o ator não tem dúvidas. Põe a mão sobre o ombro do companheiro, olha a platéia de frente e diz:
“Senhoras e senhores, me esqueci completamente o que devia dizer agora. Perdi o texto, deu um branco. Tentei me lembrar, improvisar, mas nada. Me esqueci totalmente. Me perdoem”. Olhou para o ator com o qual contracena e disse:
“O que é que eu tenho que dizer agora?”
Já estabelecida a verdade cênica, já revelada a verdade entre palco e platéia, o semblante estéril do outro ator transformou-se e ele pôde ajudar o companheiro.
Dadas as duas primeiras palavras da frase esquecida, a cena foi adiante, a peça foi em frente, os aplausos, enfim, chegaram.
Sempre vale a pena revelar (e buscar) a Verdade.
Em seguida, o mesmo ator volta à cena juntamente com outro ator (menos grande do que aquela atriz). O texto transcorre com a mesma fluência.
A certa altura, o ator perde o texto. Se esquece. Tem um “branco”.
Tenta a primeira possibilidade: desviar o assunto principal. Não obtém sucesso.
Tenta a segunda possibilidade: repetir o texto anterior. Nada feito.
Tenta a terceira possibilidade: confiar no ator com quem contracena e pronunciar um texto que permitiria ao companheiro uma espécie qualquer de “ajuda”. Nada. O rosto do ator com o qual contracena é estéril, nulo.
Esgotadas todas as possibilidades, o ator não tem dúvidas. Põe a mão sobre o ombro do companheiro, olha a platéia de frente e diz:
“Senhoras e senhores, me esqueci completamente o que devia dizer agora. Perdi o texto, deu um branco. Tentei me lembrar, improvisar, mas nada. Me esqueci totalmente. Me perdoem”. Olhou para o ator com o qual contracena e disse:
“O que é que eu tenho que dizer agora?”
Já estabelecida a verdade cênica, já revelada a verdade entre palco e platéia, o semblante estéril do outro ator transformou-se e ele pôde ajudar o companheiro.
Dadas as duas primeiras palavras da frase esquecida, a cena foi adiante, a peça foi em frente, os aplausos, enfim, chegaram.
Sempre vale a pena revelar (e buscar) a Verdade.
Um comentário:
Na vida real, concordo plenamente. Mas com relação ao palco... tenho uma dúvida... acho que quebra o encanto...
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