domingo, 25 de novembro de 2007

Futebol

Construiu-se um estádio. Gigantesco.
Montou-se um time. Espetacular.
Criou-se uma expectativa. Indevida.
O time venceu bem a primeira partida. Migrou para disputar o segundo jogo. O esquadrão foi todo alterado. Um empate inesperado. Compreensível, mas inesperado. Recomposto, o time venceu bem o jogo seguinte. Classificou-se. Na fase seguinte, duas goleadas sonoras. Convincentes.
Chegou a final. Um empate era suficiente para a conquista da Copa do Mundo. O adversário era bom, não era temido.
Os dias anteriores ao jogo foram plenos em fanfarronice, estultice, imbecilidades: o local da concentração dos jogadores foi trocado; políticos invadiam a concentração enchendo os craques de promessas e cobranças; a imprensa garantia, e a torcida já contava com o título; até uma empresa de cinema doou entradas gratuitas vitalícias aos já “campeões do mundo”.
No dia do jogo, um político entrou no vestiário e cumprimentou todos os jogadores, os “já campeões”. O craque do time exclamou: “Ué!, mas o jogo já acabou?” Não foi ouvido.
A bola rolou. O primeiro tempo terminou sem a abertura do placar. Logo a 2 minutos do segundo tempo, o time fez 1 x 0. O título era praticamente ganho.
No entanto, o futebol é um jogo do cão.
Aos 21 minutos, o time sofreu o gol de empate. O resultado ainda garantia o título. Tão decantado.
Aos 34 minutos, o time sofreu o segundo gol. O Brasil sofreu pela derrota, pelos erros, pelo despreparo.

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