quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Cinema

É inevitável. Temos de estabelecer um raciocínio suicida: Partindo do princípio de que há 20, 30 anos não havia o uso indiscriminado do computador no trabalho de Edição e Montagem de um filme – e vários e vários filmes têm Edições e Montagens espetaculares – e de que, hoje em dia, os programas de computador realizam manobras impensáveis – e nem tantos vários e vários filmes têm Edições e Montagens tão espetaculares assim –, devemos perguntar se a ferramenta de valor inestimável que é o computador fez com que a capacidade do Editor, do Profissional de Montagem, involuísse? O profissional de outrora, que cortava com uma espécie de bisturi a película de filme impressa era, portanto, melhor profissional do que os atuais? A ferramenta de trabalho que pensa pelo profissional faz com que a capacidade dele diminua? O profissional do passado, com um computador de última geração em suas mãos faria um trabalho tão brilhante quanto fez?, ou seria tomado pela “preguiça” proporcionada pela ferramenta e realizaria uma Edição semelhante às feitas tão padronizadamente hoje em dia? É um raciocínio suicida, mas é preciso ser feito.

Nenhum comentário: