terça-feira, 26 de agosto de 2008

Futebol

As Olimpíadas terminaram Cá, de minha modesta posição, discorrerei a cada dia sobre um assunto ligado à “maior festa do esporte”. Primeiramente – como não poderia deixar de ser – falarei da Natação:
O feito de Michael Phels foi histórico, mítico, eterno. Inesquecível, mesmo. Eu vi Mark Spitz bater 7 recordes e ganhar 7 medalhas em Munique – 1972. Tive a sorte de viver o bastante para assistir à quebra de sua incrível marca.
No entanto, o fato mais pitoresco envolvendo a Natação nas Olimpíadas vem da mídia brasileira. Mais precisamente, vem da grandiosa e infalível des-informação dos veículos de comunicação brasileiros acerca de qualquer esporte que não seja o Futebol (tema semanal deste espaço).
Antes de os Jogos começarem, revistas, jornais e – sobretudo – as televisões brasileiras apostavam todas as suas contaminadas fichas de audiência no nadador Thiago Pereira. Baseadas em quê? Em que, exatamente? Nas vitórias obtidas nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro e no Mundial de Piscina Curta.
Todos se esqueciam, porém, de que os grandes nadadores norte-americanos não vieram disputar os Jogos Panamericanos. Tampouco os medianos nadadores norte-americanos. Nem mesmo os bons nadadores canadenses vieram ao Rio.
Se esqueciam, também, de que as disputas em piscina curta são absolutamente diferentes das disputas em piscina longa. Tão similares quanto são a Natação e o Pólo Aquático.
Finalmente, todos se esqueceram de César Cielo, o único nadador brasileiro credenciado a ganhar medalhas olímpicas. Dito e feito: o esquecimento dos ignorantes corroborou a surpresa dos leigos.
Pior: agora, todos querem tirar uma casquinha de audiência nas costas do “Cezão”. E ele nem disputou as provas de Nado de Costas...

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