"Imaginemos que o gênero humano só se abastecesse de realidades mediante a audição e o olfato. Imaginemos anuladas assim as percepções oculares, táteis e gustativas, e o especo que estas definem. Imaginemos, também, uma percepção mais afinada do que a que os outros sentidos registram. A humanidade – a nosso ver assombrada por essa catástrofe – continuaria urdindo sua história. A humanidade se esqueceria de que houve espaço.
A vida, em sua não opressiva cegueira, em sua incorporeidade, seria tão apaixonada e precisa quanto a nossa.
Não quero dizer que essa humanidade hipotética (não menos plena de vontade, de ternuras, de imprevistos) entraria na casca de noz proverbial: afirmo que estaria fora e ausente de todo espaço."
Jorge Luís Borges. Que grande autor.
Um monstro que passeia pelos mais diversos gêneros literários com fluência, sabedoria e graça. Não falha, não erra. É preciso, econômico, sucinto. Um grande vizinho. Uma glória latino-americana.
A vida, em sua não opressiva cegueira, em sua incorporeidade, seria tão apaixonada e precisa quanto a nossa.
Não quero dizer que essa humanidade hipotética (não menos plena de vontade, de ternuras, de imprevistos) entraria na casca de noz proverbial: afirmo que estaria fora e ausente de todo espaço."
Jorge Luís Borges. Que grande autor.
Um monstro que passeia pelos mais diversos gêneros literários com fluência, sabedoria e graça. Não falha, não erra. É preciso, econômico, sucinto. Um grande vizinho. Uma glória latino-americana.
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