segunda-feira, 16 de junho de 2008

Futebol

As meninas do basquete comemoraram com tamanho entusiasmo a classificação para as Olimpíadas de Pequim que nos fez a todos pensarmos sobre a questão: o que há de errado com os craques da seleção brasileira de futebol masculino?
As Eliminatórias e os amistosos são ineficazes. Verdade.
A direção da CBF é uma falseta. Verdade.
O treinador é uma aberração. Verdade.
Porém, a pergunta recai sobre “os craques” da seleção Canarinho. O que há com eles? Por que, nas vitórias, eles não vibram como as meninas do basquete? Por que, nas derrotas, eles não sofrem como as meninas do basquete?
Porque jogam na Europa e, distantes, não mantêm o vínculo Vital com o Brasil. Verdade.
Porque ganham montanhas de dinheiro e, portanto, dependem pouco da Seleção. Verdade.
Porque são tratados como pop stars e se sentem mais importantes do que a Seleção. Verdade.
Porque a origem humilde contrastada com a vida de reis que levam embaça-lhes a vista. Verdade.
Resta ainda uma afirmação. Em verdade, uma questão:
Por que são tratados como “craques” se não são dotados de virtudes técnicas que permitem tal adjetivo?
Será que a carência de ídolos nos faz mitificar mortais comuns e esquecíveis? Ou a “pressa do mundo moderno” impede a necessária maturação das idéias para que possamos construir a melhor avaliação sobre quem é quem na “vida moderna”?

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