Ao assistir a um show de um grande artista brasileiro pela televisão, não pude escapar à indagação:
O passar do tempo faz murchar o ímpeto criativo ou traz a acomodação até mesmo ao artista, o ser inquieto por definição?
O compositor é brilhante ao longo da segunda metade da década de 1960. Escreve letras de músicas que revelam leveza e profundidade.
No raiar da década de 1970, torna-se o mais importante autor da Música Popular Brasileira. É um ícone da luta contra o regime ditatorial que vigora no país. Os poemas embotados nas músicas que escreve são fortes, contundentes, definitivos.
Durante a primeira metade da década de 1980, já sem o inimigo a ser contestado, volta a escrever letras sobre assuntos não específicos. Encanta a todos com formas doces e precisas; com conteúdos fartos e determinantes.
Desde então – e já se vão mais de 20 anos – nada mais escreve que beire a grandiosidade. Sequer algo que beire a Boa Obra. Compõe a mediocridade.
Para não ser indelicado, permaneço restrito à dualidade da questão:
O passar do tempo faz murchar o ímpeto criativo ou traz a acomodação até mesmo ao artista, o ser inquieto por definição?
O passar do tempo faz murchar o ímpeto criativo ou traz a acomodação até mesmo ao artista, o ser inquieto por definição?
O compositor é brilhante ao longo da segunda metade da década de 1960. Escreve letras de músicas que revelam leveza e profundidade.
No raiar da década de 1970, torna-se o mais importante autor da Música Popular Brasileira. É um ícone da luta contra o regime ditatorial que vigora no país. Os poemas embotados nas músicas que escreve são fortes, contundentes, definitivos.
Durante a primeira metade da década de 1980, já sem o inimigo a ser contestado, volta a escrever letras sobre assuntos não específicos. Encanta a todos com formas doces e precisas; com conteúdos fartos e determinantes.
Desde então – e já se vão mais de 20 anos – nada mais escreve que beire a grandiosidade. Sequer algo que beire a Boa Obra. Compõe a mediocridade.
Para não ser indelicado, permaneço restrito à dualidade da questão:
O passar do tempo faz murchar o ímpeto criativo ou traz a acomodação até mesmo ao artista, o ser inquieto por definição?

3 comentários:
Ah, falaí! É o Caetano?
O passar do tempo traz a acomodação até mesmo ao artista, o ser inquieto por definição.
Além do que, depois que se garante a vidinha confortável é duro arriscar tudo e começar a criar de novo. Melhor refazer mesmo.
E faz tempo que nada de NOVO acontece...
Lindo o Blog,Kleber!Parabens!
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