Cinema

Pelé Eterno confirma a tese de que “nem sempre os melhores ingredientes combinados na panela proporcionam o melhor sabor para a comida”. Verdade.
A possibilidade de poder contar com inúmeros gols de Pelé – vale, sempre, recordar a frase do poeta Carlos Drummond de Andrade: “Difícil não é fazer 1000 gols como fez Pelé. Difícil é fazer um gol como Pelé” –, a possibilidade de poder contar com o próprio Pelé a fazer relatos e a dar depoimentos, a possibilidade de poder contar com recursos de computador que recriariam gols míticos e jogadas míticas de Pelé, a possibilidade de poder contar com recursos de computador que restaurariam as imagens antigas de jogos de Pelé, a possibilidade de poder contar com grandes nomes do futebol mundial para darem seus depoimentos sobre Pelé, apontavam para a possibilidade de um grande filme. Um filme que trouxesse em si a Realeza do maior mito vivo da humanidade.
Nada disso.
Nada disso deu ao filme a grandeza que poderia ter.
Nada disso deu ao filme a possibilidade da miticidade dos campos invadirem as telas. Nada.
Pena.
O filme é a vida real, não é a vida Real.
O Rei é melhor do que o filme. O Rei merece mais.

Semana que vem, Monstros S.A.