segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Futebol

Antes do embarque da delegação brasileira para a Copa do Mundo de 1934, na Itália, o futebol brasileiro dividia-se sob o comando de 2 entidades: a CBD e a FBF. A primeira dirigia os clubes que mantinham vínculos não-profissionais com seus atletas; clubes cujos departamentos de futebol eram amadores. Já a segunda agregava os clubes que tinham aderido ao profissionalismo.
Em princípio, a CBD determinou que a delegação fosse toda ela composta por atletas não-profissionais. Em seguida, pressionada pela ameaça de não contar com os melhores jogadores em atividade no país, a entidade passou a oferecer uma espécie de “remuneração não-oficial” aos atletas profissionais que atuavam no Brasil. Como a oferta era, em regra, maior do que os salários que os craques recebiam em seus clubes, muitos jogadores aceitaram participar da disputa em solo italiano.
No entanto, a demora pela solução da pendenga atrasou a preparação da equipe que viajou, de navio, para o Velho Continente.
Além da preparação deficitária, nossos craques levaram em sua bagagem a palavra-de-ordem de Getúlio Vargas, então Presidente da República do Brasil:
“Tomai como exemplo a Itália, rejuvenescida pelo Fascismo”.
Com um conselho desses, uma viagem, e uma preparação daquelas, o resultado não poderia ser outro: derrota para a Espanha por 3 x 1 (gol de Leônidas da Silva) e eliminação na primeira partida da Copa do Mundo.

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