Há, ainda, paciência para lerem mais uma historiazinha daquelas que me deixaram desesperado? Vou contar:
Entra na sala-de-aula uma aluna de canto. 31 anos de idade. Uma mulher. Nascida no Brasil em pleno meado da década de 1970. Um tempo – ainda – de alta profusão cultural no Brasil. Deposita a bolsa na cadeira. Segura um CD na mão direita. Nos apresentamos. Pergunto a ela:
– Você já canta?
– Ah!, eu faço aula com o outro professor.
– Sei. E que música você está aprendendo?
– Ah!, uma que tem aqui nesse CD.
Ela pôs o CD no aparelho. Achou a faixa. Começou a execução. Uma voz gutural de mulher tomou conta da sala. A porcaria que saía do alto-falante do aparelho falava sobre um “espelho da catedral”, misturava com “um tempo em mim”... era algo absolutamente desanimador. Disse a ela:
– Não, moça. Nada disso. Vou te apresentar uma música. Foi gravada pela maior das cantoras.
Toquei para ela “É Com Esse que Eu Vou”, de Pedro Caetano. Ensinei a música a ela. Fim da aula:
– Gostou da música, moça?
– Ah!, Até que gostei.
– Sei... Então, treina bem durante a semana e, na aula que vem, mostre pro seu professor, tá bom?
– É... Que... Eu queria mostrar uma outra música pra ele.
– Qual?
– Tá aqui no CD. Deixa eu te mostrar.
– Fora daqui, moça! Fora daqui. Agora!
Entra na sala-de-aula uma aluna de canto. 31 anos de idade. Uma mulher. Nascida no Brasil em pleno meado da década de 1970. Um tempo – ainda – de alta profusão cultural no Brasil. Deposita a bolsa na cadeira. Segura um CD na mão direita. Nos apresentamos. Pergunto a ela:
– Você já canta?
– Ah!, eu faço aula com o outro professor.
– Sei. E que música você está aprendendo?
– Ah!, uma que tem aqui nesse CD.
Ela pôs o CD no aparelho. Achou a faixa. Começou a execução. Uma voz gutural de mulher tomou conta da sala. A porcaria que saía do alto-falante do aparelho falava sobre um “espelho da catedral”, misturava com “um tempo em mim”... era algo absolutamente desanimador. Disse a ela:
– Não, moça. Nada disso. Vou te apresentar uma música. Foi gravada pela maior das cantoras.
Toquei para ela “É Com Esse que Eu Vou”, de Pedro Caetano. Ensinei a música a ela. Fim da aula:
– Gostou da música, moça?
– Ah!, Até que gostei.
– Sei... Então, treina bem durante a semana e, na aula que vem, mostre pro seu professor, tá bom?
– É... Que... Eu queria mostrar uma outra música pra ele.
– Qual?
– Tá aqui no CD. Deixa eu te mostrar.
– Fora daqui, moça! Fora daqui. Agora!
4 comentários:
hehehe...
Nossa....Seria ilário se não fosse trágico!
Mas, nos deparamos com essa realidade a cada "bom dia" que damos por aí....E vc, não tem jeito né, continua fazendo a sua parte em propagar a boa música, mas tem gente que não vale a pena perder tempo!
bjs!
Ora, ora, ora...não seja pessimista. Você poderia ter ouvido coisas ainda mais desesperadoras com frases que não fazem sentido algum e tanta gente canta de mãozinhas pra cima e rosto compenetrado:
" Quando a chuva passar, quando o tempo abrir, abre a janeeeeeeeela e veja eu sou, eu sou o Sol."
(????????????????????????????????)
Putz Kelma agora vc acabou de detonar a moça hein..hauhauhauhauhauhauhauauhauahuahu
PS: A moça que canta a música também...rs
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