Se ocorreu um momento “divisor de águas” no futebol brasileiro no ano de 1982, não foi diferente com a música brasileira. O gol de Paolo Rossi teve seu similar: o gol-contra de Deus, que, egoisticamente, fez questão de ouvir mais de perto, exclusivamente para si, a voz de Elis Regina.
A conjuntura musical brasileira já não era a mais alvissareira de sua história: as indústrias fonográficas multinacionais entraram no mercado brasileiro. Com força total. Força de Comércio, Estultice de Indústria. Trouxeram consigo o mais nefando profissional de todo o processo que envolve a transformação da Música num produto, num disco: o produtor.
Em geral, o cargo de um produtor artístico deveria ser confiado a um artista. Ou, ao menos, a um profissional profundamente ligado à arte. Qual nada. Os produtores que adentraram o mercado fonográfico brasileiro eram (são) executivos semi-analfabetos que, de arte, nada sabiam (sabem). Têm lá algum conhecimento de como se devem comercializar produtos. E olhe lá!
Adentraram as fronteiras do Brasil e trataram de inverter uma ordem que, desde o princípio dos tempos, vinha dando certo, muito certo: ao invés de as gravadoras saírem às ruas, à caça dos talentos musicais brasileiros (florescendo da terra em profusão), optaram por forjar, fabricar e impor – de dentro de suas luxuosas salas – os modismos que imperariam nas rádios e emissoras de Televisão durante um tempo muito curto, efêmero e... lucrativo.Eis o instante em que, mais do que a inatingível capacidade musical, fez-nos falta a inabalável personalidade artística de Elis Regina. Diferentemente de outros tantos artistas, ela jamais aceitaria tal estado de coisas. Ela lutaria contra a banalização dos produtos do mais puro talento brasileiro.
A conjuntura musical brasileira já não era a mais alvissareira de sua história: as indústrias fonográficas multinacionais entraram no mercado brasileiro. Com força total. Força de Comércio, Estultice de Indústria. Trouxeram consigo o mais nefando profissional de todo o processo que envolve a transformação da Música num produto, num disco: o produtor.
Em geral, o cargo de um produtor artístico deveria ser confiado a um artista. Ou, ao menos, a um profissional profundamente ligado à arte. Qual nada. Os produtores que adentraram o mercado fonográfico brasileiro eram (são) executivos semi-analfabetos que, de arte, nada sabiam (sabem). Têm lá algum conhecimento de como se devem comercializar produtos. E olhe lá!
Adentraram as fronteiras do Brasil e trataram de inverter uma ordem que, desde o princípio dos tempos, vinha dando certo, muito certo: ao invés de as gravadoras saírem às ruas, à caça dos talentos musicais brasileiros (florescendo da terra em profusão), optaram por forjar, fabricar e impor – de dentro de suas luxuosas salas – os modismos que imperariam nas rádios e emissoras de Televisão durante um tempo muito curto, efêmero e... lucrativo.Eis o instante em que, mais do que a inatingível capacidade musical, fez-nos falta a inabalável personalidade artística de Elis Regina. Diferentemente de outros tantos artistas, ela jamais aceitaria tal estado de coisas. Ela lutaria contra a banalização dos produtos do mais puro talento brasileiro.
2 comentários:
Tem razão. Totalmente. Elis Regina é a maior cantora brasileira. Uma artista daquelas que nascem a cada 100 anos. Não vamos ver nada igual nessa existência. Uma pena.
Estou fuçando Kré!! =)
heheh
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